No mês em que se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, um estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o rendimento de pessoas brancas é 73,9% maior do que o da população negra. De acordo com o estudo publicado, nesta quarta-feira (13/11), o rendimento médio mensal dos brancos é de R$ 2.796, enquanto o de negros e pardos é de R$ 1.608. Uma diferença maior que R$ 1 mil.
Segundo o IBGE, a desigualdade salarial pode ser vista tanto nos estados que apresentaram os menores rendimentos, quanto nos estados que registraram rendimentos mais elevados, como o Distrito Federal. No DF, o percentual da diferença salarial média é um pouco menor que a nacional, mas ainda assim é alto.
O rendimento médio mensal da população de pessoas brancas, que é de R$ 4.795, foi 53,3% superior ao da população de negros, que ganha em média R$ 3.127 por mês. Assim como no Brasil, no DF, a diferença no rendimento dos brancos e negros é vista nas ocupações formais e, também, nas informais.
A diferença salarial também pode ser vista quando o recorte é o grupo que tem os maiores rendimentos. Apesar da população negra ser maioria no Brasil, o grupo representou apenas 27,7% das pessoas dos 10% com os maiores rendimentos do país.
O cenário da desigualdade salarial entre brancos e negros se mantém independente do
nível de instrução das pessoas empregadas, mas a maior diferença pode ser notada entre as pessoas que possuem o ensino superior completo.
Além do salário, a desigualdade racial pode ser
vista também na ocupação dos cargos de gerência. A maioria destes cargos, 68,6%, é ocupada por pessoas brancas, enquanto os negros ocupam 29,9%.
Fonte: Correio Brasiliense