Foi presidente da Coopervap – Cooperativa Agro Pecuária do Vale do Paracatu por 11 anos, e deixou sua primeira marca. Transformou a pequena fábrica de manteiga, que só recebia produtos de pecuaristas, em um complexo industrial, incluindo a agricultura. Foi ele que firmou o primeiro convênio com a Campo, empresa de capital brasileiro e japonês e implantou projeto do Entre Ribeiros.
Do pequeno armazém, foi construído um grande supermercado, que até hoje tem o mesmo tamanho do construído por Arquimedes, há mais de 30 anos. De uma acanhada casa que servia de escritório, foi construída uma nova sede com muitas salas, que atende a toda administração da Coopervap. De uma bomba de gasolina, veio o posto de combustíveis, que tem o mesmo tamanho do construído.
Foi dado ali; um dos primeiros passos para transformar o Noroeste na maior região do estado na produção de grãos, e hoje, entre as maiores praças na geração de empregos, em um país que ultrapassa os 12 milhões de desempregados.
Do cooperativismo estreou na vida partidária. Conseguiu duas vezes ser eleito prefeito de Paracatu, sem nunca ter participado antes da política, nem ele e nem seus familiares, que tem origem humilde e a época era quase impossível alguém dessa camada social galgar tão importante posto. A cidade era a séculos governada por dois grupos políticos.
Foi quem mais pavimentou ruas. A cidade tinha 110 mil metros quadrados de asfalto em 200 anos de história. Arquimedes fez, em 4 anos, 960 mil metros de ruas asfaltadas com centenas de quilômetros de redes fluviais.
A saúde bucal teve início no município, inclusive na zona rural. Dentistas percorriam, em ônibus adaptado em atendimentos a todas as regiões. Implantou as primeiras equipes de saúde da família do município, um dos pioneiros no estado de Minas.
Paracatu só tinha rede de esgoto em 30 % da cidade, no centro, e nem era em todas as residências. Levou a coleta para toda a cidade, inclusive nos bairros. Poucas casas tinham água tratada.
Em convênio com o governo de Minas, implantou a capitação de água do rio Santa Izabel e toda população teve acesso a água tratada.
Os mais jovens nem se lembram, mas Paracatu, a cidade do ouro, em pleno século 20 tinha bairros inteiros sem água, sem luz, sem escolas. Só havia moradores e crianças atravessando a BR 040 para estudar, e muitas vidas foram perdidas em atropelamento devido esta aberração. Em todos os bairros acima da rodovia federal, foram implantados serviços básicos. Construiu escolas em todos eles e a vida dos mais pobres começou a ter os mesmos
atendimentos do centro da cidade.
Foi na época de Arquimedes que Paracatu ganhou a sua Universidade publica, a Unimontes.
Fez uma administração amplamente popular, com investimentos nas camadas mais pobres do município, com audiências publicas semanais onde filas de populares se formavam e eram todos ouvidos no gabinete do prefeito.
Na vida privada também acumula vitórias. Herdou um bom patrimônio e vem ano após ano ampliando o que recebeu dos pais. É um agricultor que pratica técnicas modernas em suas propriedades, com centenas de hectares irrigados e um rebanho de gado nelore de quantidade e qualidade de encantar os olhos.
Mas nem tudo em sua vida foram flores. Perdeu sua mãe quando ela tinha pouco mais de quarenta anos, depois perdeu a única irmã e mais recente seu pai.
Na política, conquistou amigos e verdadeiros seguidores. Os chamados
“Arquimedistas”. Mas também desafetos, o que é comum em quem se lança
no mundo político, porque governar, quase sempre é contrariar interesses,
principalmente pra quem decide mudar os destinos de sua comunidade.
Arquimedes não é unanimidade.
Mas todos, até os seus adversários o reconhecem, mesmo que no íntimo, como um grande administrador, um homem capaz de fazer transformações.
O ex-prefeito utiliza pouco a mídia, mas em momentos como agora, pré eleitoral, muitos querem ouví-lo.
Parte da Matéria do Jornal Visão Regional