A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (CECOR/PCDF), deflagrou na manhã desta quinta-feira (9), a “Operação SEM LIMITE”, que visa desarticular um suposto grupo criminoso especializado em praticar crimes contra a ordem tributária, causando prejuízo de mais de 100 milhões de reais aos cofres do Governo do Distrito Federal.
Estão sendo cumpridos seis Mandados de Busca e apreensão (MBAs) expedidos pela
Justiça do Distrito Federal, sendo três em escritórios e residências de empresários em
Unaí/MG e outros três em fazendas localizadas no município de Dom Bosco/MG. A ação
contou com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por intermédio da 1ª Delegacia Regional de Unaí, na qual foram empenhados 40 (quarenta) agentes de polícia civil.
De acordo com a investigação, que é desenvolvida no âmbito da Divisão de Repressão
aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DICOT/CECOR), a suspeita é de que empresários do
ramo do agronegócio mineiro se valeriam de “laranjas” para a abertura de empresas
fantasmas no Distrito Federal com o objetivo de sonegarem ICMS. Há fortes indícios de que os envolvidos se utilizavam de uma bem articulada trama para, através das empresas fantasmas, emitirem notas fiscais para compradores de grãos do Estado de São Paulo sem que nenhum centavo do ICMS devido fosse recolhido aos cofres do GDF, culminando em prejuízo multimilionário. As apurações também demonstram que quando a Receita Distrital descobria a fraude e cancelava uma determinada empresa, em poucos dias os criminosos criavam novas empresas fantasmas para dar sequência à rentável fraude.
A investigação desenvolvida pela PCDF colheu provas que embasaram autorização
judicial de bloqueio de vasto patrimônio dos suspeitos, incluindo três grandes fazendas
localizadas em Dom Bosco/MG, cinco imóveis sediados em Unaí/MG, vários carros e
caminhões e duas aeronaves pertencentes aos empresários, além do bloqueio de valores em diversas contas de pessoas físicas e jurídicas. Os suspeitos estão sendo investigados por crimes contra a ordem tributária, lavagem de capitais e associação criminosa, e, caso condenados, podem pegar até 18 (dezoito) anos de prisão.
Ricardo Soares
Com informações da Assessoria de Comunicação PCDF