Os principais alvos da investigação são crimes de corrupção passiva e ativa, associação criminosa, peculato eletrônico, falsificação de documento público, prevaricação e falsidade ideológica.
A apuração dos crimes foi iniciada há mais de um ano. Na cidade, a suspeita é que as vistorias de veículos, emissão de documentos públicos no Detran e retirada de pontos de infração de trânsito da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) eram alguns dos serviços que eram prestados de forma ilegal. Conforme o MPMG, o valor da propina paga variava entre R$ 50 e R$ 150, dependendo do serviço.
Investigados
Entre os investigados estão, além de quem era beneficiado, pessoas que ofereciam o valor indevido para ter benefício. Além do “cafezinho”, as propinas também eram chamadas de “taxa de aceleração” e “taxa de urgência”.
Operação “Café Amargo” na Ciretran em Uberlândia — Foto: Arcênio Corrêa/ G1
Funcionários de cartório de notas da cidade, que agilizavam o reconhecimento de firmas fraudando os procedimentos legais, também participavam do esquema.
O Colégio Notarial do Brasil – Seção Minas Gerais, que reafirmou o papel fundamental dos Cartórios de Notas ao oferecerem segurança jurídica, autenticidade e fé pública aos atos pessoais e patrimoniais dos cidadãos, e que eventuais irregularidades individuais, se comprovadas, devem ser punidas pelas autoridades responsáveis.
A Polícia Civil também comentou sobre as reclamações de falta de efetivo e demora para realização das vistorias. Na nota, foi informado que a cidade de Uberlândia tem 10 vistoriadores e cada um é responsável por 45 vistorias por dia. Para diminuir o problema, um mutirão será realizado no dia 14 de agosto.
Próximos passos
Na próxima semana já serão iniciadas as oitivas de todos os envolvidos, inclusive quem é suspeito de ter sido beneficiado com o esquema. As investigações seguem em andamento e correm em segredo de Justiça, por isso nomes e outros detalhes ainda não foram fornecidos.
Nome da operação
O nome da operação que tem alusão ao famoso “cafezinho” é devido ao fato de este usado para se referir à propina que é cobrada e paga para agentes públicos, mediados por despachantes para realização de serviços públicos no Detran.
Com informações G1 triangulo a Alto Paranaíba