Dois dias após a canonização de Irmã Dulce, o governo federal assinou uma portaria nesta terça-feira (15/10) para repassar R$ 18 milhões ao Hospital Santo Antônio, em Salvador (BA). A unidade de saúde é o coração das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), e tem sua raiz datada de 1949, quando a Santa Dulce dos Pobres improvisou um abrigo para 70 doentes resgatados das ruas da capital baiana, no galinheiro de um convento.
Os novos recursos, de acordo com o Poder Executivo, serão destinados ao custeio de estudos e pesquisas em saúde, à manutenção e reforma do hospital e à capacitação de recursos humanos. Na cerimônia de assinatura da portaria, realizada nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro enalteceu a canonização de Irmã Dulce, ocorrida no último domingo (13/10), no Vaticano.
“O que fica da obra dela é nós tentarmos ser, pelo menos um dia por ano, o que foi Irmã Dulce. Uma mulher que levou esperança para muita gente com seu sacrifício, com sua abnegação, com seu determinismo. Levou o bem, tirou as dores e curou muita gente com o seu trabalho”, declarou.
O Hospital Santo Antônio atende e é financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por doações. Atualmente, o complexo hospitalar realiza mais de 2 milhões de atendimentos por ano. Os recursos federais são repassados pelo Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Estadual de Saúde da Bahia.
Em 2018, o Ministério da Saúde repassou ao fundo estadual R$ 95 milhões. Desse valor, R$ 64,9 milhões foram para o custeio de procedimentos de média e alta complexidade do hospital, como internações e procedimentos cirúrgicos, principalmente oncológicos, além da compra de insumos. Os demais R$ 30,2 milhões foram utilizados no custeio da rede de urgência e em contratos para uso de equipamentos para exames. Já em 2019, até setembro, o governo federal liberou R$ 45,7 milhões para o atendimento ambulatorial e hospitalar da unidade.
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Hospital Santo Antônio “é uma obra filantrópica que inspira inúmeras obras”. Segundo ele, a filantropia brasileira precisa de mais recursos. “Nós estamos trabalhando no orçamento junto com a Câmara e junto com o Senado para termos melhores recursos para alocar nos tetos de média e alta complexidade”, disse.
Fonte: Correio Brasiliense