A Copasa passa por reestruturação, que envolve a extinção de funções e cargos de comissão na empresa. Conforme o Estado de Minas apurou, foram extintas cinco superintendências, três distritos e 22 gerências abrangendo a sede em Belo Horizonte e unidades em diversas regiões do estado. A reestruturação acaba reduzindo a influência política na empresa, com diminuição dos ocupantes de cargos comissionados indicados por lideranças políticas.
Continua depois da publicidade
“A Copasa informa que, conforme deliberação do Conselho de Administração da empresa, durante reunião realizada no dia 31/10/2019, a companhia tem até o dia 31 de dezembro de 2019 para realizar as modificações necessárias à implementação da nova estrutura da empresa, incluindo a revisão do Manual de Organização, Normas e Regulamentos. Todas as modificações implementadas serão apresentadas somente após a conclusão do processo de reestruturação’, informou a empresa em nota.
Procurada pela reportagem, por meio de sua assessoria de comunicação, a Copasa confirmou que passa por um processo de reestruturação, mas não deu detalhes sobre os cortes de cargos e as metas a serem atingidas. Informou que o processo em andamento segue “deliberação do Conselho de Administração da companhia” e que a “nova estrutura” deverá ser implantada até 31 de dezembro.
A “reestruturação” foi anunciada pelo presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro, logo depois de ser empossado, em julho. Na ocasião, ao se reunir com o presidente do Sindicato dos Empregados da companhia (Sindágua), José Maria Santos, Carlos Eduardo comunicou que, imediato, iria reduzir o número de diretorias da empresa (de oito para cinco). O presidente destacou que sua meta é buscar “resultados de produtividade, redistribuição de recursos, para beneficiar a atuação da companhia”.
Conforme apurou a reportagem, dentro do processo de reestruturação, foram extintas as superintendências de Operação da Copasa em Teófilo Otoni (Vale do Mucuri) e Ubá (Zona da Mata). Também foi eliminada a Superintendência Operacional voltada exclusivamente para Belo Horizonte, cujos serviços foram incorporados à Superintendência da Região Metropolitana. Ainda na capital, foram suprimidas duas superintendências administrativas.
Além disso, houve a extinção de distritos da companhia de saneamento em Salinas (Norte de Minas), Paracatu (Noroeste) e em Bom Despacho (Centro-Oeste do estado). A Copasa promoveu também a substituição dos superintendentes e chefes de distritos nas diversas regiões do estado. “O objetivo da Copasa com as mudanças é a garantia da racionalização e de mais agilidade para a empresa”, informou uma fonte ligada à empresa. A Copasa não informou se a redução de 30 cargos implicou demissões ou se houve remanejamento de funcionários.
A Copasa é uma das maiores companhias de saneamento do país. A empresa tem as concessões da prestação de serviços de abastecimento de 635 entre os 853 municípios mineiros, atendendo uma população de 11,3 milhões de pessoas. A companhia é gerida por um sistema misto estatal, com 50,04% do seu capital pertencente ao governo de Minas Gerais e 49,68% dos acionistas, tendo ainda 0,28% reservados para a Tesouraria da empresa.
Fonte: Estado de Minas