13 Reasons Why é uma série do serviço de streaming da Netflix, que já deu muito o que falar. A abordagem tem como pano de fundo a vida de jovens que estão no ensino médio e, consequentemente, os acontecimentos que circulam o dia-a-dia, tocando em temas como bullying, estupro e suicídio.
Com três temporadas já produzidas, a série traz ao debate público por meio da trama assuntos pertinentes, corriqueiros e prejudiciais no âmbito escolar em todo o mundo – de forma forma, ao meu ver, até prudente e realista como foi o caso do suicídio de uma das personagens principais em uma banheira, que detalhou, sem cortes, o ato de cortar os pulsos.
Entretanto, tal cena teve que sofrer alteração após reclamações do público, que, segundo alguns, causavam um gatilho em pessoas propensas ao suicídio – sendo assim, uma forma explícita de incentivo do mesmo.
Mesmo com acertos ao tratar de temas sensíveis e importantes, na terceira temporada da série, a série decidiu abordar o assunto aborto. Assim, uma das personagens fica grávida e decide que não era hora pra ter um filho – submetendo-se ao aborto. Porém, a linha escolhida pelos produtores foi a de passar uma mensagem de aceitação e naturalização do aborto.
No decorrer da trama, a personagem vai ao médico para poder expressar o desejo de abortar. Ela relata a doutora que havia deixado de tomar as pílulas e que seu parceiro não tinha usado camisinha, demonstrando irresponsabilidade ao praticar o ato sexual.
Contudo, por se passar nos EUA, a série mostra a facilidade que alguns estados do país oferecem para que ocorra o aborto – informando e especificando a melhor forma de proceder.
Adiante, antes do aborto ocorrer, a série ainda faz sátira de cristãos – retratando-os como pessoas “loucas” que ficam na porta das clínicas de aborto causando terror psicológico nos pacientes.
Ademais, o procedimento é todo explicado – mostrando que um tubo de sucção é introduzido no útero da mulher e suga o feto, que, no caso, tinha por volta de 8 semanas. Além disso, a mensagem que a série tenta passar para o público é que aquilo é certo, que não há nada de errado em fazer um aborto – sendo repetido algumas vezes por outro personagem quando perguntava se a garota que fez o aborto estava bem – assegurando que não tinha nada de errado naquilo.
Vale destacar que, a agenda abortista da empresa não fica apenas em suas produções. A exemplo, cito o caso em que a Netflix ameaçou deixar de gravar no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, caso uma nova lei antiaborto – que proíbe o procedimento quando forem detectados batimentos cardíacos no feto – fosse aprovada.
O Netflix mínimo que se esperaria de uma empresa que tem como clientes milhões de cristãos, era mais respeito com a retratação desse segmento da sociedade que vem cada vez sendo mais perseguido e ridicularizado.
Fonte: Conexão politica